Essas e muitas outras figuras famosas da História (antiga e recente) tiveram ou mesmo faleceram de uma doença chamada tuberculose (TB).
A TB é a doença infecciosa que mais mata no mundo. É causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, que já foi encontrado até em múmias do antigo Egito (3000 a.C.).
Por que esse assunto é importante?
Em 2018, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), 1,5 milhão de pessoas morreram no mundo em decorrência da TB.
No Brasil, a doença é considerada um problema de saúde pública e vitimou 4490 pessoas no mesmo ano.
Além desses dados epidemiológicos alarmantes, há o fato de que o bacilo causador da TB não afeta somente os pulmões, ele pode causar doença praticamente em todo o corpo (intestinos, coração, rins, pele, sistema nervoso…).
Quando suspeitar de tuberculose?
Pessoas com tosse (seca ou com catarro) há mais de 3 semanas, devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para investigação de tuberculose. Outros sintomas são: febre no perÃodo vespertino, suor durante a noite, emagrecimento, cansaço.
Como a TB é transmitida?                                              Â
Pelo ar, por meio de fala, tosse e espirros do doente.
Objetos como talheres, copos, roupas não transmitem a doença.
Ambientes ventilados e com luz natural são recomendados, já que o bacilo não resiste à exposição à luz solar.
Existe tratamento para a TB?
Na época em que muitos dos nossos gloriosos personagens históricos viveram, não havia medicamento que combatesse o bacilo da TB; hoje em dia o tratamento não só existe, como é totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Existe vacina de tuberculose?
Sim. A vacina protege contra os tipos mais graves da doença (tuberculose miliar, meningite tuberculosa) e está disponÃvel gratuitamente no SUS. Faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e é uma vacina que se toma logo ao nascer.
Poema e homenagem
Felizmente, não estamos mais nos tempos de Manuel Bandeira – que recebeu o diagnóstico de tuberculose em uma época em que isso era praticamente sinônimo de morte iminente –, mas ainda podemos prestar a ele uma singela homenagem. Segue o poema “Pneumotóraxâ€:
“Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .
— Respire.
………………………………………………………………………………………
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possÃvel tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentinoâ€.
Autoria: Tayná
Março/2020
Fontes:
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde – Boletim Epidemiológico, março 2020
Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo
Imagens disponÃveis em:Â
<https://br.blastingnews.com/ciencia-saude/2017/11/tuberculose-continua-sendo-a-doenca-infecciosa-mais-letal-002183419.html>
<https://redetb.org.br/sobre-a-turberculose/>
<https://marcosresende28.blogs.sapo.pt/manuel-bandeira-23837>