Em dezembro de 2019, a China anunciou o surgimento de um vÃrus causador de uma doença respiratória ainda pouco conhecida. Esse vÃrus foi chamado de SARS-CoV-2 e hoje já se espalhou pelo mundo. Ele faz parte da famÃlia dos coronavÃrus, famÃlia essa que abrange o vÃrus da SARS, que surgiu na China em 2002, e o vÃrus MERS, que surgiu em 2012 na Arábia Saudita. Todos causadores de doenças respiratórias e transmitidos de pessoa a pessoa.
COVID-19 é o nome dado à doença causada pelo vÃrus SARS-CoV-2.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas se recuperam da COVID-19 sem necessidade de internação hospitalar, ou seja, apresentam quadros leves ou mesmo assintomáticos. Os 20% restantes podem necessitar de atendimento hospitalar por dificuldade respiratória e 5% desses podem apresentar insuficiência respiratória e, portanto, necessitar de internação em unidades de terapia intensiva.
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Sintomas da COVID-19
Os principais sintomas são: febre, coriza (“nariz escorrendoâ€), dor de garganta e dificuldade para respirar.
Podem ocorrer também: dor de cabeça, perda do olfato ou do paladar, calafrios, dores musculares.
Os sintomas aparecem de 2 a 14 dias após a exposição ao vÃrus.
Crianças apresentam os mesmos sintomas e costumam apresentar quadros mais brandos que adultos.
Quem tem maior chance de ter quadro grave de COVID-19?
– Pessoas com mais de 65 anos de idade;
– Pessoas com: doença crônica nos pulmões, asma moderada ou severa, doenças cardÃacas graves, diabetes, hipertensão, obesidade, doenças crônicas nos rins com necessidade de diálise, doenças no fÃgado;
– Imunodeprimidos: pessoas em tratamento para câncer, pessoas que fazem uso crônico de corticoides e outros medicamentos imunossupressores, pessoas com HIV mal controlado.
Transmissão
O SARS-CoV-2 é transmitido por meio de tosse, espirro, gotÃculas de saliva e catarro de pessoas infectadas. Além disso, por meio de objetos contaminados (maçaneta, corrimão, torneira, celular, computador, utensÃlio doméstico, etc) seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
OBS: a transmissão ocorre mesmo que a pessoa contaminada não apresente sintomas! Por isso a importância de manter o distanciamento mÃnimo de 1 metro entre os indivÃduos.
Os animais transmitem a COVID-19?
Até o momento, não há evidência de que o SARS-CoV-2 seja transmitido por mosquitos, carrapatos ou animais de estimação!
É verdade que existem tipos de coronavÃrus que podem deixar gatos e cachorros doentes, mas esse não é o caso do SARS-CoV-2. Além disso, esses tipos de coronavÃrus que atingem os animais não são transmitidos ao homem.
OBS: é salutar lavar as mãos antes e após contato com qualquer animal, por questões de higiene e para evitar contato com outros germes que eles possam carregar.
Já tive COVID-19, estou imune?
Essa pergunta ainda não foi respondida pelos estudos, então, se você já se recuperou da doença, continue cumprindo as medidas de prevenção para evitar uma possÃvel reinfecção.
Vacina
Ainda não há vacina disponÃvel, apenas estudos em andamento.
Prevenção
1 – Lavar as mãos (com água e sabão, por no mÃnimo 20 segundos) com frequência, especialmente antes e após as refeições, após aperto de mão, após contato com objetos possivelmente contaminados;
2 – Caso não seja possÃvel lavar as mãos, higienize-as com álcool gel 70%;
3 – Cobrir (com um lenço ou com o braço) o nariz e a boca ao espirrar ou tossir e em seguida lavar as mãos;
4 – Evitar tocar ou coçar olhos, nariz e boca;
5 – Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e copos;
6 – Higienizar objetos de uso frequente como celular, computador, mesa, maçaneta, interruptor, brinquedos, etc (ver dicas abaixo);
7 – Manter ambientes bem ventilados;
8 – Se precisar sair de casa, utilize máscara o tempo todo, mesmo se você não estiver doente;Â
9 – Evitar contato com pessoas que apresentem os sintomas;
10 – Evitar contato com pessoas que vieram de regiões onde o número de casos da doença encontra-se aumentado. Evitar viajar para tais regiões;
11 – Se estiver doente, evite contato fÃsico com as pessoas e fique em casa por 14 dias. Procure um hospital de referência se apresentar falta de ar;
12 – Se alguém da casa tiver diagnóstico positivo, os outros moradores devem ficar em isolamento por 14 dias também.
Dicas para lavar as mãosÂ
Ãgua quente ou fria?
Tanto faz, desde que a água seja limpa.
Sabonete sólido ou lÃquido?
Os dois servem.
Posso lavar a mão só com água?
O ideal é lavar as mãos com água e sabão, mas, se o último não estiver disponÃvel, esfregue bastante uma mão na outra debaixo d’água e depois seque com toalha limpa ou papel-toalha.
Não esqueça de lavar embaixo das unhas!!
Os micróbios “adoram” esconder-se debaixo das unhas, lave esse local sempre!!
Para fechar a torneira…
Após lavar as mãos, utilize o cotovelo ou um papel-toalha para fechar a torneira, pois esta é um objeto potencialmente contaminado.
Dicas para higienização dos objetos
Como higienizar a casa e os objetos potencialmente contaminados?
Com água e sabão e com os produtos de limpeza de uso rotineiro.
Como limpar eletrônicos (celular, tablet, controle remoto, teclado de computador, etc)?
Siga as instruções do manual de uso do equipamento. Caso não haja manual, limpe com álcool (no mÃnimo 70%) e seque o equipamento com pano limpo para evitar danos por excesso de umidade.
Dicas para higienização da máscara de pano
Em primeiro lugar, não divida sua máscara com ninguém, cada um deve ter a sua.
1 – Remova a máscara com cuidado, pelo elástico ou nó (não toque na parte da frente).
2 – Deixe a máscara de molho por 30 minutos em uma solução de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água limpa. Exemplo: 10ml de água sanitária e 500ml de água limpa.
3 – Lave bem a máscara com água e sabão.
4 – Deixe secar e estará pronta para uso!
Tratamento
Ainda não há tratamento especÃfico para o coronavÃrus, não há medicação que consiga eliminar o vÃrus, quem o combate é o próprio sistema imune do indivÃduo.
E a hidroxicloroquina?
Segundo reafirma o Conselho Federal de Medicina (CFM): “até o momento não existem evidências robustas de alta qualidade que possibilitem a indicação de uma terapia farmacológica especÃfica para a COVID-19â€.
Importante salientar que não é porque um medicamento tem efeito positivo em pesquisas de laboratório que terá o mesmo efeito na utilização pelos doentes. Pelo contrário, pode ser até maléfico.
É verdade que a hidroxicloroquina tem efeito antiinflamatório e que tem ação contra alguns agentes infecciosos, mas ainda não se conseguiu provar sua eficácia no combate ao SARS-CoV-2.
Dessa forma, o CFM orienta o uso de cloroquina e hidroxicloroquina a critério médico e com consentimento do paciente, nas seguintes situações:
– Paciente com sintomas leves, em inÃcio de quadro clÃnico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue) e exista diagnóstico confirmado de COVID-19.
– Paciente com sintomas importantes, mas ainda sem necessidade de cuidados intensivos, com ou sem recomendação de internação.
– Paciente crÃtico recebendo cuidados intensivos, incluindo ventilação mecânica.
Efeitos colaterais da hidroxicloroquina
Os principais são: desconforto abdominal, náuseas, vômitos e diarreia.
Pode ocorrer ainda toxicidade cardÃaca, neurológica, cutânea e ocular (inclusive cegueira irreversÃvel).
Hospitais de referência para o tratamento da COVID-19 no Paraná:
Cascavel – Hospital Universitário do Oeste do Paraná
Curitiba – Complexo Hospitalar do Trabalhador
Foz do Iguaçu – Hospital Municipal de Foz do Iguaçu Padre Germano Lauck Â
Londrina – Hospital Universitário da Região Norte do Paraná
Maringá – Hospital Universitário Regional de Maringá
Paranaguá – Hospital Regional do Litoral
Ponta Grossa – Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais
Autoria: Tayná
Fontes:
Ministério da Saúde
Organização Mundial da Saúde
CDC (Center for Disease Control)
Conselho Federal de Medicina
Imagem: Internet
Maio/2020