Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Campus Jandaia do Sul conquistaram um marco importante na área alimentícia. No dia 16 de abril, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) expediu a primeira carta-patente para um produto desenvolvido no Campus, este, visa reduzir a quantidade de defensivos agrícolas presentes na superfície de frutas. Essa conquista é resultado da colaboração entre o Laboratório LABFenn da UFPR Jandaia e a empresa LABPRO Análises e Produtos Químicos.
Os titulares da patente são:
O Problema dos Agrotóxicos
A exposição aos defensivos agrícolas é uma preocupação crescente para a saúde pública. Atualmente, os alimentos que chegam à mesa dos consumidores frequentemente contêm resíduos dessas substâncias, que podem causar doenças agudas e crônicas.
Riscos à Saúde: Os defensivos agrícolas podem causar doenças, dependendo do tipo de produto, tempo de exposição e quantidade absorvida pelo organismo.
Lavagem Convencional: A lavagem com água e sabão, hipoclorito de sódio ou ácido acético é comum, mas nem sempre prática para todos.
Do produto desenvolvido
O produto patenteado pela UFPR Campus Jandaia é aplicado por aspersão (borrifado) sobre as frutas. Também emprega compostos químicos ecologicamente conscientes, que têm uma eficácia superior à água na remoção de pesticidas das superfícies dos alimentos. Além disso, não deixa resíduos e dispensa enxágue. Sua utilização requer apenas quantidades mínimas do produto e não depende da presença de uma pia.
Algumas vantagens incluem:
Facilidade de Uso: A aplicação por aspersão é prática, mesmo para quem não tem acesso imediato a uma pia.
Eficiência: O produto utiliza compostos químicos próprios para a remoção de defensivos agrícolas (pesticidas), sem deixar resíduo e sem necessitar de enxágue, pois são necessários volumes muito pequenos de produto.
Embalagem prática: Pode ser envasado em embalagens pequenas do tipo spray, facilitando o uso e podendo ser carregado em bolsas e pochetes.
Os cientistas responsáveis pela inovação realizaram uma série de testes do produto, primeiramente em relação ao tomate e posteriormente em uvas. Com resultados bastante positivos em relação ao produto. Essa inovação representa um marco importante para o Campus, pois é o primeiro registro de patente concedido. Os desenvolvedores agora têm a propriedade intelectual sobre o produto válido por 20 anos.
Atualmente o LABFenn conta com quatro coordenadores os quais diariamente trabalham auxiliando novos alunos em pesquisas de forma a melhorar a qualidade de vida da sociedade.