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Como é o desenvolvimento normal de um bebê?

 

Você, pai e mãe, sabe como é o desenvolvimento normal de um bebê do nascimento aos primeiros anos de vida? Sabe com quantos meses ele deve firmar o pescoço, sorrir, sentar, falar? É importante ter uma ideia sobre esse assunto para detectar, junto ao médico pediatra, os possíveis atrasos no desenvolvimento da criança. Vamos lá?

 

Importante lembrar que o desenvolvimento do bebê não segue rigidamente as divisões em etapas que serão explicadas a seguir, podendo haver atrasos ou adiantamentos dos marcos dentro de uma curva de normalidade. Se você está em dúvida sobre o desenvolvimento de seu filho, não hesite em perguntar ao pediatra.

 

De zero a 2 meses de vida

Nesse começo de vida, o desenvolvimento motor do bebê é bastante imaturo, mas está presente o reflexo da sucção, que é a resposta natural do recém-nascido de sugar sempre que algo toca o céu de sua boca. Obviamente, esse reflexo é essencial para que se dê a amamentação.

Quanto à linguagem, no primeiro mês de vida, se resume a choros repetidos. No segundo mês, o bebê já consegue emitir outros sons.

Nesse período inicia-se o chamado sorriso social, que é quando o bebê sorri intencionalmente. Além disso, ele adquire a habilidade de seguir objetos com os olhos.

 

 

De 2 a 4 meses de vida

Nessa época, o bebê consegue manter a cabeça firme e estender as mãos em direção ao que lhe interesse.

Perto dos 4 meses de vida, a criança distingue sons a ponto de diferenciar um tom de repreensão de um tom de elogio, inclusive respondendo com feições tristes ou alegres após a interação.

O contato visual com a mãe ao ser amamentado é intenso. O bebê sorri e emite grunhidos como forma de interação social. Ele pega objetos, chupa o dedo, introduz objetos na boca e reconhece familiares à distância.

 

 

De 4 a 6 meses de vida

Os bebês sorriem com mais frequência, controlam melhor o pescoço e a cabeça e aprendem a rolar o tronco.

Uma observação: a partir do 5o/6o mês de vida, não é indicado deixar a criança deitada numa cama ou sofá sem proteções laterais, pois ela pode rolar o tronco e cair ao chão.

 

 

Ainda nessa fase, emitem sons repetidos, conseguem falar sílabas e aprendem a gritar. No quesito social, demostram estar felizes ou tristes.

 

 

De 6 a 9 meses de vida

O bebê aprende a sentar sozinho e vira mestre na arte de rolar de um lado para outro, inclusive durante o sono. Alguns conseguem já engatinhar ou ficar de pé com apoio.

A criança reconhece seu próprio nome e aprende os sons que objetos ou animais fazem. Brincam com o próprio corpo (mãos, pés). Interessam-se por objetos que não estão ao alcance e entendem a brincadeira de esconde-esconde.

 

 

De 9 a 12 meses de vida

Engatinham, aprendem a andar com apoio. Dizem não com a cabeça quando não querem algo, aprendem a “dar tchau”.

Sentem-se à vontade com o cuidador, mas podem temer pessoas e situações desconhecidas.

Aprendem a jogar objetos, a imitar gestos e a obedecer comandos simples. Emitem as primeiras palavras completas.

 

 

De 12 aos 18 meses de vida

Nesse período, há um melhora considerável na coordenação motora, a criança anda sem apoio, aponta para uma parte do corpo, entende e obedece a comandos, como o de sentar ou de pegar algo.

Amplia seu vocabulário, falando cerca de 50 palavras aos 18 meses.

 

De 18 aos 24 meses de vida

Andam com facilidade, alguns até correm distâncias curtas. Formam pequenas frases, começam a diferenciar formas, cores, animais.

 

Dos 2 aos 3 anos de vida

A criança aprende a correr, subir escadas, equilibrar-se em um pé só. Fala bem a ponto de estranhos a compreenderem na maior parte do tempo, repete palavras ouvidas numa conversa. Compreende a ideia de posse.

 

Feito esse resumo, recomendamos a leitura do texto sobre transtorno do espectro autista, TEA, cujo diagnóstico é suspeitado a partir da constatação de atraso nesses marcos do desenvolvimento.

 

Autoria: Tayná Rolim

Fev/2025

Referência:

Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, 6 ed., 2024.

Imagens:

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