Histórico
A “lepra”, mal de Lázaro ou, oficialmente, hanseníase, surgiu na Índia e na China. Hieróglifos egípcios de 1350 a.C. já se referiam à doença. Relatos bíblicos a tratam como maldição, castigo; no Novo Testamento, há descrições de cura da doença realizada por Jesus Cristo.
Na Europa, espalhou-se na época das Cruzadas por meio dos cavaleiros infectados. A perseguição aos “leprosos” duraria séculos; os doentes eram forçados a viver em reclusão, nos “leprosários” ou colônias de leprosos. Na França, milhares foram queimados nas fogueiras. No Brasil, foram vítimas de internação compulsória até o meio da década de 1980.
Leprosário Souza Araújo, Acre, Brasil Leprosário Helena Bernard, Goiás, Brasil
Leprosário, Rio Grande do Sul, Brasil
Os pórticos (foto acima) separavam as zonas “limpas” (exterior) das “sujas” (interior).
A doença
A hanseníase é uma doença contagiosa curável causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que atinge principalmente a pele e o tecido nervoso (nervos periféricos). Caso não seja tratada, pode evoluir para deformidades e mutilações, alterações que estigmatizam os pacientes.
Hoje em dia, Brasil, Índia e Indonésia são responsáveis por 81% de todos os casos.
Transmissão
A transmissão se dá pelas vias aéreas superiores, por exemplo: contato com tosse, espirros e gotículas de saliva da pessoa infectada.
Quando procurar o posto de saúde?
Caso apresente manchas na pele (esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas) com diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para investigação. O tratamento da hanseníase existe e é totalmente gratuito em todo o território nacional via Sistema Único de Saúde (SUS).
Lembre-se: existe tratamento e cura para a hanseníase. Não há motivos para estigmatização ou preconceito contra os doentes. Deixemos isso para as páginas dos livros de História.
Autoria: Tayná
Janeiro/2020
Fonte: Ministério da Saúde
Imagens disponíveis em:
<http://www.sbcm.org.br/v2/index.php/not%C3%ADcias/3966-campanha-janeiro-roxo-alerta-para-a-import%C3%A2ncia-do-combate-%C3%A0-hansen%C3%ADase>
<http://basearch.coc.fiocruz.br/index.php/hft15>
<https://etorelm.wixsite.com/hansen/leprosrios?lightbox=imagewq8>
<https://br.toluna.com/opinions/3825921/N%C3%B3s-n%C3%A3o-caminhamos-s%C3%B3s-%C3%A9-o-que-diz-na-entrada-de-uma >