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A SEÇÃO DE ACESSIBILIDADE EM LIBRAS E SAÚDE MARCOU PRESENÇA NA SEMANA DE RECEPÇÃO DE CALOUROS DA UFPR JANDAIA DO SUL

A semana de recepção dos calouros 2020 no campi Jandaia do Sul da UFPR aconteceu durante os dias 10 a 14 de Fevereiro. Por entender a importância desse início de um novo ciclo na vida da comunidade acadêmica, a SAS (Seção de Acessibilidade em Libras e Saúde) marcou não apenas sua presença, como também trouxe para discussão um assunto muito relevante para a área de saúde, porém pouco difundido entre a comunidade em geral: O conhecimento da estrutura e logística da rede de atenção à saúde pelos usuários para melhor uso desta e a responsabilidade de cada pessoa enquanto utilizadoras dos serviços da rede.

Para esta apresentação, a Enf. do Campi Fernanda C. Utzumi, que é Mestre e Doutrora em enfermagem pela UFPR, salienta a importância de conscientizar a comunidade em geral sobre como melhor utilizar os serviços de saúde para evitar com que os serviços de Urgência e Emergência da rede continuem com filas quilométricas de uma demanda muitas vezes sensível à atenção primária à saúde. A profissional refere também que durante pesquisa de sua tese de doutorado pôde perceber que a população utiliza erroneamente a rede muitas vezes por acreditar que seu problema de saúde será resolvido com maior agilidade quando se procurar os serviços com densidades tecnológicas mais avançadas. No entanto, esse pensamento, além de incorreto, é um dos principais motivos pelo tempo de espera elevado nos atendimentos especializados do SUS. Além de contribuir para a cultura da procura por saúde apenas para a gestão dos eventos agudos, dificultando o trabalho de prevenção da doença e promoção da saúde.

Vamos entender o porquê:

PRIMEIRO:

  • A lógico de estruturação e organização do sistema de saúde é feita pela gestão das condições crônicas e agudas em saúde. Desse modo, a procura por atendimento do usuário deveria seguir essa mesma orquestração, de se procurar uma UBS por exemplo, para realização de consultas de rotina, procedimentos de baixa densidade tecnológica, e autocuidado apoiado de maneira geral, mais voltada para a gestão das condições crônicas e promoção da saúde.

  • Já os serviços de urgência e emergência atendem as demandas agudas de saúde e/ou quadros de agudização de doenças crônicas. Em geral a linha de atendimento é queixa/conduta imediata. “A pessoa estava muito bem um dia e no outro não está”. Comumente são manifestações de Doença Transmissível de curso curto (Dengue, Gripe….),  infecciosas (apendicite), ou de causa externa (Trauma);

  • A FIGURA 2, tenta explicar essa lógica de atenção para as condições crônicas e agudas de acordo com a capacidade tecnológica de cada serviço. Importante salientar que esta hierarquização é meramente didática, uma vez que os serviços de saúde seguem a organização das redes de atenção.

FIGURA 2: SLIDE RESUMO SOBRE A HIERARQUIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DA REDE DE ACORDO COM O GRAU DE DENSIDADE TÉCNOLÓGICA PARA A GESTÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS EM SAÚDE

 

SEGUNDO:

  1. As unidades básicas de saúde (UBS) e/ou unidades estratégia saúde da família (ESF) possuem baixo grau de densidade tecnológica, porém são responsáveis pela resolução de 70 a 80% das demandas de saúde da população (quando esta tem um comportamento pró ativo em saúde);

  2. A atenção primária à saúde – da qual as UBS e ESF fazem parte, é, dentro da rede de atenção, a porta de entrada para os serviços de saúde, além de ser coordenadora e ordenadora do cuidado da população. Isso significa dizer que este, em geral, é o primeiro local que o individuo deve procurar para acompanhar sua saúde e ter um autocuidado apoiado. Quando o indivíduo tem esse tipo de comportamento em saúde, os eventos de agudização de uma doença às vezes pré-existentes são minimizados, fazendo com que os serviços da atenção secundária (consultas especializadas e atendimentos de urgência e emergência) não fiquem sobrecarregados e possam atender com maior agilidade aqueles casos que não foram passíveis da assistência pela atenção primária.

  3. IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER E UTILIZAR CORRETAMENTE A REDE DE SAÚDE.

    As pessoas com reais problemas de saúde para demanda de atenção de maior densidade tecnológica (EVENTOS AGUDOS DE SAÚDE E/OU AGUDIZAÇÃO DE UMA CONDIÇÃO CRÔNICA), como os serviços de atenção secundária e terciária, conseguem resolver em tempo oportuno as demandas dos indivíduos, evitando que a doença/evento progrida, e previnem o advento de sequelas quando não há atrasos no tratamento em decorrência de fatores evitáveis.

Por fim, a Enfermeira chama a atenção para um aspecto muito importante que é a nossa responsabilidade, enquanto usuários do sistema de saúde, de termos consciência do quanto o nosso comportamento em saúde (tanto no que diz respeito à utilização dos serviços quanto na responsabilidade pelo autocuidado) exerce influências diretas na saúde da própria pessoa e da comunidade como um todo.

Vale ressaltar que, quando se fala de comportamento adequado em saúde, seja ele para o autocuidado ou para a utilização dos serviços, isso vale também para aqueles que pagam por saúde suplementar como nos casos de pessoas com planos de saúde particular. A lógica é a mesma para as questões de agudização da doença e maior utilização dos serviços com maior densidade tecnológica.

“Não adianta a pessoa achar que o médico de referência/confiança dela vá conseguir resolver em consultório uma demanda de pronto atendimento. Se a pessoa não está bem, ela vai precisar de assistência imediata. E se está bem, ela pode aguardar por uma consulta agendada”.

RESPONSABILIDADE DE CADA PESSOA COM SUA PRÓPRIA SAÚDE E COM O SISTEMA

 

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